Os ataques de ransomware com sequestro de dados já atingiram 21% das empresas no mundo neste ano e mais da metade das vítimas, cerca de 55%, já tiveram processos internos interrompidos, de acordo com pesquisa da Thales, que ouviu quase 2,8 mil profissionais de cibersegurança em mais de 15 países em todo o mundo.
Intitulado Thales Access Management 2022 – Building Zero Trust with Modern Access Security, o estudo revela que menos da metade (48%) dos entrevistados relatou ter um plano formal contra ransomware preparado. A boa notícia é que a conscientização sobre esse tipo de ataque cresceu significativamente e, embora quase um quarto das companhias considere a perda financeira o maior impacto de um ataque, mais empresas entendem que precisam ajustar seus orçamentos para executarem planos de resposta para ataques ransomware.
O levantamento da Thales descobriu também que as empresas têm implantado tecnologias de acesso impulsionados pela pandemia e o trabalho remoto. Cerca de 45% implementaram o MFA para gerenciamento de acesso baseado em nuvem; em segundo lugar, com 42%, foi o acesso à rede Zero Trust (ZTNA) com perímetro definido por software.
As redes privadas virtuais (VPNs) continuam a liderar como o principal método utilizados pelas empresas para os funcionários acessarem aplicativos remotamente. Também cresceu o uso do Zero Trust Network Access (ZTNA, ou acesso à rede de confiança zero). Quase metade dos entrevistados planeja manter suas VPNs existentes e implementar novas tecnologias, como ZTNA.
A pesquisa contou com participação de organizações de toda parte do globo, de diversos segmentos, sendo os principais indústria, varejo, tecnologia, serviços financeiros e saúde sendo a maioria com faturamento acima de US$ 500 milhões. No Brasil, foram 102 empresas entrevistadas.