A Polícia Federal apura fraudes em benefícios previdenciários, na capital paulista e no município de Itaquaquecetuba. De acordo com a corporação, os crimes começaram a ser praticados no ano passado e já prejudicaram cerca de 22 mil segurados em todo o país, principalmente idosos aposentados.
Em nota, a PF informou que, para aplicar os golpes, a quadrilha utilizou dispositivos eletrônicos que permitiram o acesso remoto aos sistemas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a obtenção de dados e senhas de servidores. Tal estratégia tornou-se possível pelo envolvimento de funcionários de uma agência do órgão no município de Tatuapé, que agora também estão sob investigação.
Na quarta-feira passada, 16, a PF deflagrou a Operação Lutcha para prender os suspeitos. A quadrilha teria utilizado dispositivos eletrônicos que permitiriam o acesso remoto aos sistemas do INSS, gerando um prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. Isso poderia ter sido evitado porque, atualmente, já existem medidas que as instituições e empresas em geral podem tomar para mitigar estes tipos de ataques. Infelizmente, a maior parte das empresas ainda desconhece estas medidas e acabam sofrendo com perdas irreparáveis por falta de informação.
A fraude foi possível, segundo ela, devido ao envolvimento de funcionários da instituição, que poderia ser controlado e rastreado via um serviço de autenticação baseada em usuário (CBA). O serviço opera via criptografia, identificando os usuários de um sistema, máquinas ou dispositivos antes de conceder acesso a uma rede, aplicativo ou outro recurso. Quando o certificado é combinado com a autenticação multifatorial, as organizações conseguem verificar se o “usuário A” conectou-se com “laptop1234” e determinar se, de fato, o laptop está registrado para o usuário A antes de conceder acesso à rede neste dispositivo. Isso teria aumentado significativamente as chances de identificar e bloquear a invasão no exato momento que ela iria acontecer.