O Equador realizou no domingo, 20, as eleições nacionais em um segundo turno para completar o mandato presidencial interrompido pelo atual presidente, Guillermo Lasso, em meio a uma profunda crise de insegurança, com grupos criminosos tomando o controle de várias regiões do país. Não bastasse isso, a eleição acabou sendo prejudicada por dificuldades na votação online para cidadãos que vivem no exterior. Agência eleitoral do país atribuiu os incidentes a ataques cibernéticos originários de sete países diferentes.
No dia da votação, os eleitores ausentes inundaram as redes sociais para expressar sua frustração por não poderem votar por meio de um sistema online criado pelo governo. Cerca de 120 mil equatorianos que vivem fora do país foram registrados para votar nas eleições, e muitos deles não conseguiram acessar o sistema de votação antes do encerramento das urnas.
Em entrevista coletiva no domingo, Diana Atamaint, presidente do Conselho Nacional Eleitoral, culpou os ataques cibernéticos pelos problemas com a votação telemática, embora não tenha entrado em detalhes sobre a natureza deles. “Informamos ao povo equatoriano que, segundo relatórios preliminares, a plataforma de votação telemática sofreu ataques cibernéticos que afetaram a fluidez do acesso à votação”, disse ela. “Também esclarecemos e enfatizamos que os votos expressos não foram violados.” Ela continuou dizendo que os ataques “foram identificados como provenientes de sete países: Índia, Bangladesh, Paquistão, Rússia, Ucrânia, Indonésia e China”.